sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Para o primeiro post, acabei fazendo um texto novo depois de uma longa abstinência. Os dedos ainda estão enferrujados, assim como as idéias. Só o tempo para voltar ao normal.                                                                                                                                                    

Encontros

Noite fria de vento.
O sorriso que ela esperava,
Nunca antes visto
Na sua frente sorrindo
Convidando-a
Apaixone-se.

Noite fria de vento.
Um toque acolhedor,
Doce, suave, amoroso
Convidando-a
Entregue-se
Doe-se para mim.

Numa noite fria de vento
Dois pares de olhos
Fitando, admirando, apaixonando.
Mãos se uniam
Mãos se tocavam
Mãos tateavam

O beijo
Lábios
Língua
Saliva

Paixão? Amor?
O que ela sentia?

O que ele sentia!

Noite quente
Ardente.
Um sorriso falso
Um falso sorriso correspondido
Entregue-se
Seja minha

Noite quente de vento
Seja minha, vadia
Doe-se para mim!
O toque necessário
O afeto necessário
O beijo necessário

Numa noite quente de vento
O que sentia? O fogo? O desejo?
Matar!
A faca
O sangue
O grito sufocado.

Lágrimas nos olhos?
Olhos vítreos, femininos.
Lindos olhos mortos.





Um comentário:

  1. Boa noite Garret, diria que para quem se diz estar enfrrrujado estreou seu blog em grande estilo. Muito bom a brincadeira com frases curtas e diretas. O uso da forma poética deu ênfase ao estilo sombrio da narrativa, excelente escolha. Beijos, Pri!

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